24 de junho de 2016

Menina dos olhos verdes

A noite não podia estar pior,
tudo conspirava contra mim...
Todos se divertindo,
e eu como sempre num canto, introvertido;
O frio da noite se mesclava com o calor humano
Quando de repente te avistei,
Bela menina de olhos verdes,
De sorriso meigo e olhar fascinado,
Me encantei em teus passos valseados,
Em tua charmosa graciosidade,
Em teu singelo e amoroso abraço.

Gabriel Dalmolin

Loucamente louca

Animada e divertida;
Defensora das minorias;
Bela, recatada e do bar...
Artista e cantora;
Poliglota e esportista;
Filosofa do ócio;
Insuportavelmente amável;
Livre como um pássaro;
Loucamente louca. 

Gabriel Dalmolin

Sueños

Duermo todas las noches
y me encuentro con largos sueños
utópicos y nostálgicos
felices y fantásticos
sueño tocando tu corpo
besando sus labios
sintiendo la llanura en tu piel
cogendo el cielo en tus ojos castaños
hipnotizado por la chica guapa que es.
Llega la mañana, me desperto
y me deparo que todo no pasaba de un sueño.

Gabriel Dalmolin

19 de junho de 2016

Enferma Solidão

Vejo você aí, deste jeito
Calada em meio de tanta dor
Sorriso amordaçado pelo mal-estar
Olhos cansados ao invés de brilhantes
Você parece arruinada, esfacelada
Sob jugo de sua enfermidade
Como eu queria estar do teu lado agora
Beijar sua testa febril
Aquecê-la com um abraço
Tratá-la com meu carinho
Curá-la com minha paixão
Mas isso não posso o fazer, 
Pois você não me escolheu
Caindo em sua enferma solidão.

Gabriel Dalmolin

5 de junho de 2016

Contradições Históricas

Nos sentimos tão diferentes e iguais ao mesmo tempo...
Buscamos igualdades nas diferenças;
Buscamos diferenças nas igualdades;
Queremos ficar enquadrados em um grupo;
Queremos ficar sozinhos num quarto escuro;
Serei eu afrente do meu tempo?
Jamais! Pois o homem é filho do seu tempo,
De seu contexto histórico e social.
Ora buscamos nos destacar;
Ora queremos nos pertencer;
Pois o homem tem essa identidade contraditória...
Inventada e natural;
Que constitui seu cerne e o faz viver em sociedade.
Independente de tempo, estrutura, conjuntura ou evento.
Pois a contradição está em nossa alma.

Gabriel Dalmolin

Triste na tua tristeza

É tão ruim te ver assim... Infeliz.
Aquela que tinha sempre um belo sorriso estampado no rosto
Agora te vejo assim...
Angustiada, temendo o que vem pela frente...
Engraçado não é?
Pois depois de tudo que me sofri contigo
depois de me ferires
me magoar 
me ignorar...
Mesmo depois de tudo isto, ainda me importo muito com você.
Me sentindo infeliz na tua infelicidade.
Triste na tua tristeza.

Gabriel Dalmolin

22 de maio de 2016

Sotaques

Que vivem de rir e criticar?
Se falo ou não "corretamente";
Se puxo o "R" como se estivesse freando;
Ou se pronuncio o "S" como uma chaleira chiando;
Se falo ou não cantando;
Ou mesmo se troco o "P" pelo "B";
Se me atrapalho no trava-línguas
Ou se falo correndo...
O que importa é que me faço ouvir
De um jeito ou de outro...
Falo aberto ou fechado;
Torto ou direito;
Falo o tempo inteiro
Para nossas memórias... 
Não serem apagados da História!

Gabriel Dalmolin

Amor Gelado

O vento traz uma nova era
fria e gélida,
triste e sonolenta,
calma e passageira.
O frio corta possibilidades,
mas nos traz tantas outras...
Novas cores e tendências;
novos aprendizados e conquistas.
Mas sobretudo, o frio obriga o abraço,
que dribla a carência
e aquece relações.
Onde o pobre pode ter fartura
e o rico miséria,
pois o amor não tem preço que se pague.
Se sente e se constrói.

Gabriel Dalmolin

14 de abril de 2016

Democracia

É triste e perturbador 
Esse ódio que corre nas veias por uma só entidade.
Negligenciando os erros cometidos por tantos outros no passado e no presente.
Este é o momento triste que vivemos.
Um período tenso de nossa História...
Que por deveras esquece do obsoleto pretérito;
Que venera falsos ídolos;
E que luta por um passado que nunca existiu.
Mitos e mentiras;
Ódio e rancor;
Essa é a cara desse povo hipócrita que defende a falta dos próprios direitos políticos.
Que se enterra na descolorida alienação,
até o fim de seus dias. 
Lutemos e roguemos todos pela Democracia.
E lembremos de todos aqueles que morreram por ela...
Assim seja!

Gabriel Dalmolin

5 de abril de 2016

Pássaro Ferido

Passa dia e passa ano,
e tudo parece idêntico ao que fora outrora.
Passaram-se biênios e ainda não consegui livrar-te de meus pensamentos.
Basta passar poucos minutos ao teu lado,
para os velhos desejos feridos voltarem à tona.
Sou como um pássaro ferido;
Triste e solitário...
Incapaz de alçar voo!
Com um coração cheio de pesar
Cheio de luto, por nunca ter sido capaz de conquistá-la...
De nunca ter podido brincar com tuas mãos
e de jamais ter sentido o sabor de teus lábios.

Gabriel Dalmolin

14 de março de 2016

Minha Rodeio

Cravada no meio de um vale de montes,
surge uma bela cidade, chamada Rodeio.
Brava gente,que se dispôs a construí-la
Das mais diversas etnias
Dos mais diversos valores e culturas
Suas cachoeiras destacam sua imponência
Sua culinária demonstra seu valor
Seu vinho, enfatiza seu carinho.
Suas músicas celebram sua alegria.
Rodeio, sempre pequena e bela.
Cidade que tantos passaram e se criaram...
Saindo de Rodeio, para o mundo!

Gabriel Dalmolin

Flor de jasmim

Era uma simples festa popular
Destas que a cidade vem em peso para participar
Avistei ao fundo uma morena
Na qual chamei para dançar...
Era a mais bela do salão
Blusa preta, bermuda branca
Mescla de paz e caos.
Mas que rostinho angelical...
Fitei teus olhos de mel
e me encantei completamente.
Sua ginga contagiava multidões, 
assim como seu sorriso de menina.
Era ela uma pequena e doce flor de jasmim,
Alegrando a tarde do jardim de minha vida.

Gabriel Dalmolin