22 de março de 2015

Coração de Pedra

A cada dia que passava, era eu tomado pela dúvida
Sabe aquele tipo de indagação, que faz sua alma penar?
Pois bem, foi exatamente esse tipo de pergunta que me aprisionava em um campo de concentração comandado pela minha própria mente. 
O campo dos meus sentimentos. Tão frios e gélidos quanto o mais rigoroso dos invernos.
Será que eu voltaria a me apaixonar? Será que eu estava fadado a nunca mais gostar de alguém?
Pois esses dias parecem que se esgotaram.
E o coração que era de pedra, se derreteu.
Talvez fui tocado pelo ar verde do outono que se inicia.
Ou será que envolvido pela doçura de tua voz?
Pela maciez de tua pele?
Quem sabe o teu sorriso brilhante? Iluminado como a mais bela das estrelas que o universo já criou!
Ou os teus olhos claros, porém penetrantes e cheios de fulgor?
Bem, não tenho mais o que dizer;
Pois uma chama se ascendeu em meu peito.
Poderia enrolar com mil palavras de amor...
Declamar versos de poesia ou tocar serenata!
Mas o que eu sinto por você é de uma complexidade tão simples...
Que tudo o que tenho a dizer para ti é:
Eu amo você!


Gabriel Dalmolin

11 de março de 2015

Reformas Políticas

     Um dos principais
comprometimentos de nosso atual governo foram às ditas “reformas políticas”. Sem dúvida são uma de nossas prioridades se quisermos realmente que nosso país decole e se torne uma nação melhor. 
     Dessas reformas tão esperadas pelo povo, acho que um dos mais importantes é o tão sonhado “voto facultativo”, sem dúvida seria um grande avanço para nosso sistema democrático, que seria o voto não obrigatório. Isso acontece na maioria dos países, e a participação dos eleitores é muito maior, talvez por não serem forçados a votar.
   Um ponto crucial é federalizarmos o governo, dando mais autonomia jurídica e financeira para os estados, concentrando a maior parte do dinheiro no estado que o arrecadou. Em contrapartida, na região sul, recebemos de volta, em média, apenas 20% do que arrecadamos. “Admiro seu senso de justiça Brasil!”
   Partidos? Temos para dar e vender!  Atualmente são 32, porém estão sempre criando mais algum por aí... Será que não é demais não gente? Muitos desses partidos possuem os mesmos ideais, porém, como acabam se digladiando entre si, acabam optando por formarem novos partidos. Muitos deles, não passam de empresas para ganharem alguma renda extra pela transmissão nas mídias no período eleitoral.
   E os ministérios? O número de ministros mais que dobrou nos últimos 20 anos. Os benefícios que os cargos legislativos, que apesar de terem um salário elevadíssimo, recebem do nosso bolso para pagar moradia, transporte e alimentação. Aliás, possuímos 513 deputados federais e 81 senadores, que na verdade possuem no fim a mesma função, criar leis de interesse público e fiscalizar as ações do governo federal. Talvez já bastassem os senadores. Precisa alimentar toda essa gente (sem contar os assessores de cada eleito). E os deputados estaduais, não bastaria apenas um por microrregião?
  São pequenas coisas que poderiam fazer a diferença para termos um país mais harmonioso e menos corrupto, algumas dessas atitudes e uma maior fiscalização ética resolveriam o “x da questão”. Mas será que realmente querem que isso aconteça? Acho que não.

Gabriel Dalmolin 

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Abril de 2015.