27 de maio de 2015

Aniversário de 4 anos!


  Hoje é um dia muito especial para o blog! Afinal de contas, ele completa 4 anos de existência. Foram cerca de 400 publicações neste período, e gostaria de agradecer à todos os leitores e colaboradores que se fizeram presentes neste ciclo.
  Quem diria? Inaugurei o blog em 2011, quando estava meramente na 8ª série, e jamais imaginava a proporção de tempo que ele estaria "no ar", e sequer a sua importância para mim. Hoje estou terminando meu primeiro semestre na faculdade de História. Naquele tempo sequer pensava em fazer isso da vida, eu sempre pensei em fazer Jornalismo, mas encontrei uma velha paixão, e a "arte de estudar o homem pelo tempo" me encantou. 
  Foram anos postando crônicas, poesias, vídeos e entre outras coisas, de minha autoria em sua maioria. Sendo assim, gostaria de agradecer do fundo do meu coração pela sua colaboração, meu caro leitor, por todos esses anos de parceria!

Obs.: E que venham muitos e muitos anos!!!!


Gabriel Dalmolin

18 de maio de 2015

Tempestade de Medos

 
  As coisas já não são mais como antes. Tudo o que parecia certeza, hoje não passa de ilusão. Onde havia luz, hoje reina a escuridão. Sendo assim, fico em uma "saia justa", lutar ou não lutar? Eis a questão.
  A vida é feita de ciclos, uns bons, outros nem tanto. No entanto comigo, parece que quando começo a me acostumar com o ciclo de benevolências e de pequenas marolas me afrontado, vejo-me eu, enfrentando novamente as perversas tempestades da vida. Penso e repenso, até quando terei forças para lutar contra tudo que me aflige...
  O que mais me deixa transtornado é que neste momento tudo deveria estar o mais próximo do perfeito, já que o mesmo não existe. Porém não é bem assim. Se tudo dependesse apenas da força de vontade de mudar, as coisas seriam mais tranquilas, mais brandas. Todavia, me deparo com uma série de fatores psíquicos que acumulam e agravam meu estado: os medos.
  Quem não tem medo? Todos temos! Entretanto, não é comum uma pessoa viver cercado por assombros, fugindo destes pesadelos reais e irreais que o acovardam o tempo todo. Afinal, do que tenho medo? De tudo um pouco na verdade, o medo de não vencer na vida, de decepcionar a todos e a mim mesmo, de não passar de uma pessoa comum e não deixar qualquer legado para o futuro. É então que eu entro em um grande paradoxo existencial.
  Será que tenho medo de morrer? Certamente o tenho, por mais que eu tenha alguma fé, parece que cada vez que alguém toca no assunto meus pensamentos se entocam como um animal indefeso em busca de proteção. Parece uma forma de fugir do medo, fugir da morte, mesmo sabendo que é impossível, e é nisto que me coloco em um paradoxo: "tenho medo de morrer ou de viver?". Afinal de contas, quanto mais me acovardo com a morte, mais me desvencilho da vida, deixando as oportunidades de aproveitá-la escapar. Cabe a mim encontrar força, bravura e paciência para me libertar dessa tempestade de medos que me prende, surra e castiga.

Gabriel Dalmolin

Gaucho Oriental

Soy un hombre muy fuerte
No tengo medo de nada
Trabajo mucho y el mate suervo 
Como los treinta y tres de espada

La astúcia de mi gaucho corazón
Que con la alma de los caudillos
Atraveza y supera la razón,
Cuando pongo los bastos en mis caballos.

Se es o no es verdad
Que soy estraño, no sé
Pero sé que soy autoridad
Para enseñar-te a bailar un chamamé

No sé sobre la política nacional
No soy blanco ni colorado
Soy el gaucho oriental
Incansable, destemido y sangrado.

Pero la sangre en mi manto
No es de trabajar ni de luchar
Es de quer-tetanto
En mi lado, para besar y noviar


En Uruguay yo tengo
La fama de mito regional
Entre milongas y tangos...
Soy el gaucho oriental.
















Gabriel Dalmolin

17 de maio de 2015

Poço de Frustrações

 
Nem sempre fazemos o que queremos fazer, não é? Na verdade, para ser bem sincero, nem sempre somos o que queremos ser, e muitas vezes decepcionamos a nós mesmos. 
  Durante a juventude ouvimos muitas expectativas falsas sobre nosso futuro, que nos deixam com aquele sentimento intrínseco de orgulho. Porém, o tempo passa (e como passa...), e vemos que a maior parte dessas expectativas não passaram de especulações. Tudo se torna um grande poço, que ao invés de conter água potável, armazena um acúmulo infindável de frustrações. 
  Quando somos crianças é tudo mais fácil... Não temos aquele medo de errar, não temos tanta preocupação em aproveitar nosso tempo ao máximo, pois tudo em nossa vida não passa de uma grande brincadeira, um mundo de sonhos coloridos que jamais terá fim. Entretanto. O fim chegou, e há bastante tempo, mas ainda é duro de aceitar.
  Sim, o tempo passou. E toda a sua concepção infante de mundo se esvaiu, tudo foi para o espaço! Você já não é mais a mesma pessoa, e por mais que tente, jamais voltará a ter aquela ingenuidade e aquele coração plenamente bondoso e dócil, pois já fostes corrompido, já fostes corrompido por aquilo que chamamos orgulhosamente de sociedade.
  Mesmo assim, tudo isso não inibe sua decepção sobre si mesmo. Tudo o que queres é acreditar em si mesmo,sair dessa "zona de conforto desconfortável", de explorar novos horizontes e de largar dessa insegurança desprezível que te faz se sentir tão inferior aos outros. Largue desses pensamentos negativos, fuja para o mais alto dos montes como uma criança pequena, e mude sua visão de mundo, volte a enxergar as cores que existem nesse mundo acinzentado. Só assim tudo voltará a fazer sentido e sairás desse lamentável poço de frustrações. 

Gabriel Dalmolin