28 de novembro de 2014

As faces de uma classe

 
Nas minhas turma, sobretudo, no meu último ano do Ensino Médio, nós tínhamos lugares pré-definidos por nosso professor regente, no caso o professor "Sandro" de Matemática. Que teve certo trabalho para tentar separar as "panelinhas" como costumamos dizer, mas que funcionavam mesmo afastados.
  Havia o grupo dos "Esforçados", que ficavam em sua maioria mais próximo dos professores e por isso para muitos eram tidos como "puxa-sacos", mas na verdade eram os mais aplicados e dedicados, mas nem sempre tinhas as melhores notas.
  Também tinha o grupo da "zoeira", isto é, os "Engraçadinhos", que apesar de serem os palhaços da classe, eram queridos por todos, mais carismáticos e muitas vezes tinham notas boas, apesar de terem um certo descaso.
  Mas a maior parte da turma era os do "Tanto Faz", na qual se dividiam em três grupos menores e que dispunham de grande capacidade individual, porém tomadas pelo descaso e tagarelices.
  Por fim havia os "Lanterninhas", ou também, os "excluídos", na qual possuíam mais dificuldade, enquanto outros não queriam nada com nada, e acabavam "sobrando" em sala.
  Foi uma turma muito heterogênea e divertida e mesmo com desentendimentos, só me leva à boas lembranças.

Gabriel Dalmolin

Bate o sino

Enfim saiu uma música conhecida com letra, e como estamos em época de natal, nada melhor do que tocar um "Bate o sino" para alegrar as festas em família! Abraços a todos!



Gabriel Dalmolin

A Religiosidade no Brasil

  O Brasil por ter tido uma colonização europeia, por muito tempo, foi um país extremamente católico, uma tradição secular, na qual todos praticavam-na e sempre estavam presentes nas celebrações de sua crença através da missa.
  Mas os tempos mudam e um país que era praticamente "cem por cento" católico foi recebendo novas etnias em seu território, primeiro com as crenças trazidas pelos escravos africanos, depois, por exemplo a Igreja Luterana trazida pelos imigrantes germânicos, sobretudo no sul do país, que foram se proliferando com o passar do tempo.
  Se a religiosidade do brasileiro diminuiu cria-se um grande ponto de interrogação, o fato é que houve um grande aumento no número de "igrejas" no país, por conta da divulgação das mídias e das migrações de diferentes culturas. Além de uma banalização de crenças surgidas do dia para a noite.
   Nosso país assim, saiu da homogeneidade católica para uma diversidade heterogênea de crenças. Pois além de religiões, há também outras crenças, como os espiritistas e também quem não acredite em nada, no caso dos ateus.
  Mas talvez em algumas religiões mais tradicionais houve uma grande queda não só de fiéis, talvez cansados com as cerimônias repetitivas e pouco dinâmicas, o que levou a falta de prática religiosa e não necessariamente de fé.
  Se chegamos aos "tempos modernos' é difícil saber, pois estamos sujeitos a acreditar no que a mídia e nossos ancestrais nos deixaram e passaram. Por que não é comum o judaísmo, islamismo, budismo, ou outras crenças orientais em nosso meio? Justamente porque estamos fadados a seguir o que os outros nos deixaram e não ter uma fé realmente própria, sendo assim é complicado saber o quão modernos somos no quesito religião. E como dizia Renato Russo, em sua música "Índios": "Quem me dera ao menos uma vez, entender como um só deus ao mesmo tempo é três".

Gabriel Dalmolin

Um dia na cidade grande

 
  Era uma linda quarta-feira de setembro, que apesar de ser inverno, já demonstrava um típico dia de verão. Neste dia fomos de ônibus para a cidade de Blumenau para participar do evento: "Interação FURB";com nossos colegas de classe.
  Chegamos cerca de dez minutos atrasados, o que nos fez parecer como loucos em meio aquela multidão de 15 mil inscritos, em busca de nossas oficinas. Para retardarmos o atraso, a professora Lorena, responsável pelo passeio informativo, sugeriu que usássemos o elevador.
  Ao chegarmos no local, além de haver cerca de 20 pessoas dentro dele, descobrimos que nossa amiga Milene era claustrofóbica, e se desesperou. Quado o elevador fechou as portas e começou a subir Milene ficou até o fim segurando-se em mim, ou melhor, até o quarto andar, quando eu e Isadora fomos "arremessados" para fora do elevador para irmos a nossas respectivas oficinas.
  Depois das oficinas fomos procurar os outros, vimos a professora no elevador, tentei chamar, mas esqueci de sua deficiência auditiva e o elevador fechou. Mas no fim nos encontramos novamente e fomos almoçar.
  Uma dificuldade foi decidirmos onde almoçar, mas acabamos por optar pelo tal do "Subway". Chegando lá, encontramos outro empecilho, a fila gigantesca que ia até fora da lanchonete, naquele sol escaldante. Naquela situação, a professora Lorena nos forneceu uma solução. Não imaginávamos o quão cômica se tornaria, retirou de sua bolsa uma sombrinha cor-de-rosa que usamos como artifício para nos escondermos do sol.
  Ao voltarmos para a FURB, na qual Milene e eu ainda estávamos indignados com o pouco tamanho do lanche, tentamos entrar na oficina de Anatomia, não conseguimos, entretanto fomos ver como é o processo de taxidermia, que se tornou parte importante do roteiro e bastante marcante, aproveitamos para bater fotos dos "bichinhos empalhados".
  Antes de irmos embora, fomos no mercado tomar sorvete, e Milene angustiada foi comprar um par de chinelos, pois os pés estavam uma "batata" de inchados. Depois nos reunimos com os outros para voltarmos para casa.
  Em última análise, o dia foi bastante produtivo, aprendemos muito com as oficinas, e com nossos erros na cidade grande, mas sobretudo, nos divertimos uns com os outros, e esse dia jamais será apagado de nossas memórias.

Milene Pahl e Gabriel Dalmolin

21 de outubro de 2014

Animal Político


  O mundo é uma esfera gigantesca, na qual, nós humanos, somos os responsáveis por conduzi-lo em todos os aspectos, graças à nossa capacidade racional (se é que realmente é tão racional), para tanto, criamos a política, um instrumento muito importante em nossa organização. Aliás, o filósofo grego Aristóteles afirmava, o homem se diferenciava dos outros bichos por ser um "animal político".
  E essa mesma política é desprezada pela maior parte da população por conta do seu envolvimento estreito com a corrupção, o que é difícil de discutir, pois o homem por si só é corrupto, egocêntrico e manipulador.
  O homem então, com seu poder de governar, desenvolveu através de estudos sociais, pesquisas, e principalmente na prática, ideologias políticas das mais variadas formas, nas quais, nenhum é perfeito, aliás, todos com muitos defeitos, o que não é difícil de compreender pois foi algo criado pelo homem, que em suma não é nada perfeito por sinal.
    Dentre os modelos que surgiram foi o capitalismo marcado por um liberalismo econômico, que ao mesmo tempo é o responsável pela nossa facilitação para possuir o que queremos, porém isso acontece simultaneamente com o consumo desenfreado, pela produção excessiva, e pela desumanização do ser humano. Mais tarde chegou o socialismo, que seria, em tese, um governo mais "justo e igualitário" baseado em uma revolução de classes na qual a massa (menos afortunados) se sobressairia e traria a igualdade social, palavras bonitas não?! Porém na prática, isso não ocorreu, e acabou acarretando grandes problemas quando foi aplicada, pois os pobres continuaram assim sendo,e a elite governou com "mãos de ferro" em busca de mais poder próprio. E por fim o anarquismo, que sugeria um mundo sem governantes, liderado por todos de forma parcial. Dois desses movimentos econômicos resultaram em uma guerra, a Guerra Fria, entre Estados Unidos (capitalista) e a União Soviética (socialismo), um conflito de gigantes que marcou a ascensão americana. 
  Por fim, podemos ver de que o homem em sua história tentou sempre desenvolver alguma forma de se desviar de suas próprias limitações, mas sua própria ganância de querer mais e de sua corruptibilidade,talvez o melhor fosse tentar unir as diferentes propostas que existem no mundo, mas isso levaria muito tempo de estudo e experimentação, e "falando" de forma prática, isso só ocorrerá quando o homem deixar de ser homem.

Gabriel Dalmolin

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Outubro de 2014.

29 de setembro de 2014

La Rubiecita en Gondola

Mais uma musiquinha da minha gaita, desta vez uma valsa italiana ao som de violino!




Gabriel Dalmolin

25 de setembro de 2014

A tecnologia, a informação e o desemprego

 
A tecnologia sem dúvidas trouxe grandes avanços para a humanidade, desenvolvendo melhorias em todas as áreas, como a medicina, por exemplo. 
  Porém, não é sempre que ela se torna algo "cem por cento" boa, pois com o avanço da tecnologia e da robótica, houve uma queda extremamente significante em relação ao número de empregados, nas empresas, isto é, um aumento no desemprego, já que muitas máquinas fazem o trabalho de dez homens.
  Então, qual seria a solução para as pessoas poderem continuar empregadas? O mais lógico seria a especialização da mão de obra em geral, Faculdades, cursos técnicos, principalmente; levando essas pessoas a estarem preparadas para empregos melhores. Ao menos na teoria, isso parece infalível. Mas na prática isso também pode trazer problemas, já que o excesso de especialização faz com que as pessoas descartem trabalhos braçais, o que nos levaria há um grande problema social e econômico, obrigando-se a trazer estrangeiros, como já ocorrem em países desenvolvidos como a Itália, Alemanha, França etc..
  Para tanto, o que nos resta é ver se haverá alguma política que valorize mais a mão de obra humana do que a robótica, para continuarmos a ser os seus patrões (dos robôs) e não seus subordinados. E agarrar todas as oportunidades com toda a sua força, para mostrar o quão qualificado que somos, pois uma máquina pode ser mil vezes mais rápida, mas algo elas ainda não tem, o poder de pensar...

Gabriel Dalmolin

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Novembro de 2014.

17 de setembro de 2014

O Verdadeiro Gaúcho

 
Existe um pequeno equívoco quando utilizamos o termo "gaúcho" apenas para identificar pessoas que nasceram no estado do Rio Grande do Sul. Na verdade esse termo foi criado para identificar pecuaristas que se viviam às margens do Rio Uruguai (Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul), ou seja, é um termo muito mais amplo do que um simples gentílico regional. Afinal ele é internacional.     Foi então a partir desses pecuaristas que iniciou-se a cultura gaúcha, saindo dos pampas à cavalo e se espalhando pelas serras e em outros estados, principalmente após a Revolução Farroupilha que durou quase dez anos em busca da independência do Rio Grande e de parte de Santa Catarina, aí começaria o elo que ligava a cultura gaúcha com nosso estado, e mais tarde chegaria ao Paraná, Mato Grosso do Sul e até no norte do país, com as migrações dos anos 1970.                                                                 O que deve ficar claro, é que o indivíduo não precisa necessariamente nascer no Rio Grande do Sul para ser um gaúcho fervoroso, basta ele estar ligado e praticar a tradição gaúcha em si, através da ligação com a música, com a culinária, as vestes, a dança, os esportes e a incomparável ligação com o campo e o cavalo.
  Tão forte essa cultura que esteve a frente do seu tempo quando que no século XIX (Brasil Império), rio-grandenses e catarinenses tentaram se separar do resto do país, com seus ideais de liberdade, antiescravagismo, republicanismo e de justiça.
  Essa tradição teve muita força entre as décadas de 1960 e 1990, onde se cultiva além de tudo o respeito às pessoas, o amor pela família e o orgulho do seu chão. Valores que hoje são esquecidos, principalmente pela nossa juventude...
  Por isso, você, mesmo que seja catarinense, caso cultive essa tradição, ouvindo músicas tais como "Querência Amada" e "Tordilho Negro", dançando vanera ou chamamé, cavalgando ao ar livre e cevando um bom chimarrão, pode ter orgulho de bater no peito e dizer com bravor "Eu sou o verdadeiro gaúcho"!

Gabriel Dalmolin

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Setembro de 2014.

28 de agosto de 2014

Momentos

  Existe algo mais inconstante na vida do que os momentos? Quando tudo parece estar um caos, de repente se transforma em mil maravilhas, e quando você percebe, já está novamente virado em um inferno. 
  Momentos são assim mesmo, uns bons, outros ruins, mas o que realmente importa é a forma com que lidas com as situações que se afrontam, se você as encara de frente, ou se você se esquiva para as durezas da vida não machucá-los.
  Há coisas que são difíceis de serem engolidas, principalmente quando você se decepciona com quem você menos esperava, quando amigos que você considera como um irmão lhe traem a confiança e ainda não sentem-se mal por isso, mesmo você sempre se doando ao máximo pelo bem dele. Isso advém do individualismo do ser humano, e essa talvez seja o maior defeito do homem, as coisas seriam tão mais belas se todos vivessem em harmônia sem ter de pisar no outro para se alavancar, não é? Mas não é assim que funciona.
  Porém, é em momentos como esse que aparecem pessoas especiais que podem lhe trazer paz, alegria e compreensão, que podem lhe fazer apaziguar seus ânimos, e libertar seus rancores, de te dar forças para saber perdoar, sem se esquecer do que lhe foi feito, e por fim, curar suas feridas sem ter de machucar o próximo. 
  E todos esses momentos ruins poderiam ser neutralizados...Se o ser humano não fosse tão estúpido de confiar no outro achando que todos somos iguais, quando na verdade a vida é uma caçada, em que um dia é da caça enquanto o outro pode ser do caçador.

Gabriel Dalmolin

13 de agosto de 2014

Instinto Paternal

  Existem coisas que só podem ser feitas por quem tem o dom, de quem tem vocação para realizá-las, e ser pai, sem dúvida, é uma delas. Não é qualquer um que consegue ser pai. Ok. Talvez gerar a prole qualquer um consiga, mas ser pai é muito mais do que isso!
  Um pai com "P" maiúsculo nasce com um instinto paternal que vai amadurecendo conforme os anos vão passando e os fios de cabelo vão envelhecendo ou muitas vezes caindo, sem contar as experiências que não acabam de cessar. O patriarca, o símbolo da força, o herói que com sua liderança nata dá o bom exemplo ao filho, de como ser uma pessoa honesta, trabalhadora, sincera e que luta por seus ideais. Um pai de verdade é assim, seja rico, seja pobre, o que vale é o amor paterno sobre seu filho,e que de preferência este amor seja recíproco.
  Mas se ser pai é tão importante, porque comemoramos apenas um simples domingo por ano? Bem, não sei o por quê. Só posso dizer que devemos aproveitar enquanto tivermos nossos pais todos os dias intensamente, abrace-o apertado, faça carinho em seus cabelos (grisalhos ou não), beije seu rosto, independente de você ser filho homem ou já ser pai. Afinal de contas, não será para sempre que terás teu pai consigo, um dia ele terá de partir...   E portanto, devemos aproveitar cada momento como se fosse o último, como diz o velho ditado "não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". Pois quem sabe amanhã seja tarde demais...

Parabéns pai!

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Agosto de 2014.

Gabriel Dalmolin

12 de agosto de 2014

Coleção completa!

Hoje chegou minha encomenda tão esperada, os dois livros que faltavam para minha coleção da série "Olimpo em Guerra". São eles o livro 3: Pegasus - e os novos olímpicos e o livro 4: Pegasus - e as origens do Olimpo. Aqui estão eles... :D

Livro 3 e 4, respectivamente.

Livro 3.

Livro 4.

Coleção completa (livros 1,2,3 e 4).

Gabriel Dalmolin