São pequenos blocos de concreto,cada momento,cada história,cada sentimento, que aglomerados e em sintonia formam um grande edifício,o grande edifício da MINHA vida.
Era uma noite comum, como qualquer outra Nem frio, nem calor clima ameno Indiferença A festa parecia caminhar para um desastre Bebida amarga, som desafinado e pessoas te pisoteando Foi então que te avistei: Rostinho jovial, embora mais experiente Loiras madeixas como o girassol Altura mediana, mas de graciosidade gigantesca Um poço de simpatia Um amor de pessoa Dançamos e conversamos Era tão fácil conduzir-te Era tão doce ouvir-te Passos leves e suaves Como se planasse com suas asas pelo salão Pois tenho absoluta certeza: Não era uma garota, Era um anjo!
Que tempos são esses? É a modernidade Trazendo promiscuidade por toda parte Sexo banal, sem sentimento algum O erotismo exacerbado Tonando tais atos triviais Não sou contra a liberdade Sem embargo, é preciso respeito Moças se valorizem Rapazes se aquietem Será a morte do romantismo? Onde estão as flores, os chocolates, os ursinhos de pelúcia? Se desmancharam no mar de lágrimas No espectro do tempo Tudo agora é liberado Não que houvera tais coisas outrora Mas a proporção se tornou global Enquanto eu? Resisto por meus princiípios Pobreza, obediência e pureza Em meu celibato carnal Em meu infinito sacrifício infernal.
Passaram-se dois anos desde o último encontro. Embate outrora vencido pela Experiência. Sem embargo, a Juventude agregou muitas vitórias em seu currículo e amargou alguns reveses que foram de vital importância para seu crescimento técnico e mental. Mesmo assim, sua adversária manteve o título desde aquela última luta emblemática, permanecendo invicta, passando o rolo-compreensor em suas oponentes. Disposta a destroçar sua maior rival da mesma forma que fizera com as outras. O tempo passou, não havia grande diferença de idade entre as duas, e ambas já possuíam relativa experiência na função.Substituímos seus nomes por Campeã e Desafiante, respectivamente. A primeira de cor-de-rosa, a segunda de roxo. Soa a campainha e a luta começa! Ambas trocam socos e chutes rápidos numa explosão de pancadaria. Força e velocidade compiladas, num vigor físico impressionante. Respeito mútuo, embora houvesse troca de farpas nos holofotes da mídia, típicos de uma rivalidade cósmica. Termina o primeiro round e a Campeã leva ligeira vantagem. Inicia o segundo round e o suor se tinge de vermelho. Duas beldades se enfrentando por um objetivo: o cinturão. Todavia a Campeã era um chute e na sequência tem um soco interceptado, a Desafiante aproveita-se do vacilo alheio emendando uma sequência fugaz de golpes e desferindo um chute letal. A Campeã cai na lona e a Desafiante salta por cima para lhe aplicar uma chave de braço fatal, destroçando sua adversária como a serpenta faz com sua vítima. A luta termina. A Desafiante comemora eufórica. Erguendo o velho cinturão de sangue que tanto almejara, mas antes de tudo, humilhara sua rival, vencera a Revanche.