15 de junho de 2012

Verdadeira Pátria

Ergue-se a bandeira da minha querência...
Minha alma escaramuça e sinto uma ardência.
Esta impaciência,ao repontar ladeiras,
De pelear fronteiras...
Te lembres que sou herdeiro de maragato,
Eira pago querido e amado,
Verdadeira indiada guapa,
Que honra a estirpe farrapa.
O pingo,seja mouro ou gateado,
Mas crioulo de marca registrada
E um cusco meio ressabiado;
Ambos tropeando na mesma estrada.
Uso bombacha,bota e guaiaca...
Cravo a bandeira numa estaca,
Sou fruto da vertente...
Orgulho a todos meus parentes
Sejam eles italianos ou castelhanos,
Alemães,africanos ou açorianos.
Buscamos um só ideal,
Nossas preces em um só ritual...
Este meu canto que trago á distância,
Que galopa de pago á estância...
Como o mais belo aporreado
Manchado e sangrado,
De cor varonil,
Mas belo que o azul anil,
Seu pelo de sangue manchado;
Estampa meu pago sagrado...
E sorvo bem meu amargo,
No pavilhão tricolor...
O verde e o amarelado,
São desparelhados...
com o mais belo colorado.
De gaita e de garrucha...
Termino minha história,
De várias vitórias e glórias...
Pois esta é a verdadeira pátria: GAÚCHA! 




Gabriel Dalmolin

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