12 de julho de 2015

Coração roubado

Queria poder compreender o coração                               Compreender o motivo dele ser assim...Tão incompreensível.
Aprender a lidar com ele
Controlá-lo quando possível
Às vezes seria bom poder trancafiá-lo à sete chaves
Para ninguém mais roubá-lo de você
Mas não é bem assim que acontece
E quando você menos espera, ele novamente é roubado.
O medo é quando a pessoa que lhe rouba não está nem aí para ti
Faz pouco caso de ti, te judia, te aniquila, te humilha...
Vai te matando aos pouquinhos...
Até você morrer definitivamente.
O amor pode ser sim letal.
Mas nem sempre é assim!
Às vezes nossos corações são roubados sim
No entanto, é roubado pelo tipo de pessoa que lhe retribui o que sentes
Que lhe dá carinho, atenção, admira, respeita. Lhe dá amor.
Que está a todo tempo pensando em você
Formando uma corrente amorosa recíproca.
E sobre isso só há uma coisa a dizer:
Não há nada mais gostoso do que o sabor do amor correspondido.
Nada, absolutamente nada.



Gabriel Dalmolin 

Feito sonho...

Era tudo uma grande escuridão
Recheado de mágoas e dor
Com um imenso vazio no coração
Vivendo num silêncio ensurdecedor...

Mas de repente você apareceu
Para mudar minha vida completamente.
O meu coração se rejuvenesceu 
Quando encontrei teu sorriso radiante

Naufraguei em teus olhos castanhos
Me derreti pela expressão do teu sorriso
Decolei junto dos teus gostos estranhos
Achei em teu rosto meu verdadeiro paraíso...

Talvez eu seja meio maluco
E talvez tudo isso seja só um sonho
Mas se o for e eu estiver mesmo louco
Por favor, não me acorde para este mundo enfadonho.

Gabriel Dalmolin



9 de julho de 2015

Felicità

Não há nada melhor do que estar feliz...
Você pode se esforçar ao máximo,
Mas se não estiver nem um pouquinho contente
Nada do que tentas obterá êxito.
O que até faz sentido,
Já que a infelicidade nos perturba
Provocando uma onda de tristeza...
Ou será uma tsunami?
Um furacão que destrói nosso ânimo.
No entanto, é preciso lutar...
Lutar bravamente e sem cessar fogo
Pois a vida é um ringue de boxe
Onde quem exista em dar o golpe...
Acaba nocauteado!
Mas quem arrisca vencer na vida
Alcança os céus, e se encanta...
Com tamanha pureza celestial
A felicidade é ou não é um dom divino?
Ela não está presente só em sua mente!
Ela é majoritariamente alma e coração
Enquanto ao amor?
Não será ele pilar deste edifício chamado VIDA?
Amor é felicidade sim.
Mas também pode ser tristeza...
Quando não és correspondido, ou quando és magoado.
Também pode se tornar angustia
Quando não se sabe como agir
Amor pode ser medo, sim.
Mas também é bravura.
Amor é estranho, e ao mesmo tempo normal.
Simples e Complicado.
O amor é saber ter paciência
É ter ciência do momento certo de arriscar.
Pois o amor é um pouco de tudo.
E quem não arrisca ser feliz no Amor,
Acaba nocauteado...
Jogado para escanteio...
Cabe a você escolher a trilha em que seguir.

Gabriel Dalmolin

8 de julho de 2015

O amor é coisa engraçada, não é?

O amor é coisa engraçada, não é?
Amor não tem hora pra chegar
Nem avisa quando irá embora
Aliás, será que amor deixa de existir?
Não se compra nem se vende
Simplesmente se sente...
Às vezes nos apaixonamos por pessoas novas;
Outras por pessoas que sempre estiveram tão perto,
Mas que nunca abriste os olhos para perceber...
O quão especial essa pessoa é para você.
Amor pode surgir rápido como uma bala
Ou ser construído aos pouquinhos
Tijolo por tijolo, telha por telha.
No entanto, apenas uma coisa é certa no amor
Ele é arrebatador!
E depois que se firma em seu coração
Ele se propaga como um raio.
O amor não deixa de ser um vício.
Um vício tão saboroso quanto chocolate.
Tão doce quanto mel.
Amor é música, é vida, é liberdade.
Amor pode ser até paixão.
Tem o cheiro da brisa.
Com um suave odor das rosas...
O amor é tudo isso...
E mais um pouco.
O amor é sinteticamente:
A coisa mais complexa
E ao mesmo tempo mais simples;
Que o ser humano pode sentir.
Enfim...
O amor é simplesmente amável!

Gabriel Dalmolin

23 de junho de 2015

História da Educação (Escola Nova)

A ESCOLA NOVA NO BRASIL: DOS SEUS PRIMEIROS PASSOS ATÉ SUA ASCENSÃO NO GOVERNO VARGAS

     A Escola Nova no Brasil foi um movimento de grande importância para a fundamentação pedagógica nacional. No entanto, ela teve de passar por um caminho um pouco pedregoso, confrontando o antigo sistema educacional, com uma velha herança colonial. Sendo assim, devemos primeiramente compreender em que contexto o Brasil se encontrava para entendermos os motivos do surgimento desse movimento.
            O Brasil passava por um período transitório em seu regime, isto é, a monarquia havia apenas caído e a república havia sido implantada. Na verdade, os ideais da Escola Nova, já haviam começado a se expandir no Império, em meados de 1870, se firmando na República. Já que o auge do escolanovismo chegaria nos anos 1920, se consolidando nos anos subsequentes, com a Revolução de 1930 e a Era Vargas, respectivamente.
            Outro fator importante é o processo de industrialização e urbanização do Estado brasileiro. Muito disso se devia pela produção cafeeira que era até então a grande máquina de sustento econômico do país. Com a modernização das cidades, surgimento dos grandes centros, foi necessário mudanças em diversos cenários, e a educação não fugiu disso.
            Porém, não basta entendermos apenas o que levou a surgir a Escola Nova. É extremamente necessário, ou melhor, é essencial sabermos quais eram os objetivos almejados pelos reformistas. Eles possuíam um caráter mais próximo do liberal, pregando que a educação nacional precisava de um caráter mais científico. Onde através de um otimismo pedagógico, defendiam uma educação com crença na ciência e na técnica. Se opondo, em um primeiro momento, ao caráter conservador que defendia a educação aos moldes rigorosamente religiosos (católicos).                                                                As escolas que passavam a optar pelo sistema da escolanovista eram chamadas de “Escolas Normais”, sendo que as primeiras foram criadas em grandes centros urbanos. Os principais estados onde a Escola Nova criou laços afetivos foi São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Já na década de 1910, muitas pessoas que se tornariam destaques na educação se formaram como normalistas. Como, por exemplo, Lourenço Filho, Cecília Meireles e Paschoal Lemme, este último, já nos anos 1930.
            A grande consolidação do escolanovismo viria a partir dos anos 1930, sobretudo com a Era Vargas. Afinal de contas, antes dele, sequer havia um ministério específico que fosse responsável por cuidar dos interesses da educação. Criando assim, logo em seu primeiro mês de governo, após a Revolução de 1930, o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Que depois com o Estado Novo, em 1937, passa a se chamar de Ministério da Educação e Saúde. Nota-se que a educação não possuía ainda uma autonomia propriamente sua, a educação só seria segregada totalmente em um só ministério em 1985.                                                                                                           Vale lembrar, que não foi tão simples a implantação da Escola Nova no Brasil, ela passou por uma série de entraves. Até porque, os educadores religiosos e a Igreja Católica, não aceitava um afastamento completo da religião no ensino. Essas diferenças só seriam sanadas na Era Vargas, onde o Ensino Religioso é mantido no currículo escolar, ao mesmo tempo que as outras ciências ganham força. A História teria um papel importante na educação nacionalista pregada por Vargas, com o objetivo de manter a memória nacional e celebrar as glórias do passado.                             
            Enfim, podemos perceber que a Escola Nova teve uma grande importância para a educação brasileira, rompendo um pouco com a educação católica. Lecionando então, de uma forma muito parecida com os humanistas do protestantismo, onde as ciências se tornam importantes, mas sem esquecer-se do cunho religioso. Sendo então, um grande primeiro passo para a modernização da educação brasileira.           

PALAVRAS-CHAVE: Escola Nova, Educação, Ciência, Era Vargas.

Gabriel Dalmolin

História da Educação (Humanismo)

         EDUCAÇÃO: POR SANTO AGOSTINHO, PELA REFORMA PROTESTANTE E PELA CONTRARREFORMA

      Antes de entendermos o que era e como funcionava o sistema educacional durante a chamada Contrarreforma, devemos entender do que se trata esse movimento. Em última análise, a Contrarreforma, foi uma medida tomada pela Igreja Católica para tentar impedir a voraz expansão da Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero. Surgindo assim o luteranismo (Alemanha), o calvinismo (Suíça) e o anglicanismo (Inglaterra), com ideias inovadoras que poderiam esfacelar o poder e o prestígio da poderosa Igreja Católica.                                                                           
          Um dos principais influenciadores no método de educação antes da reforma e contrarreforma foi Santo Agostinho. Com seu método de educação que apesar de não ser mais tão incentivado perdura até os dias atuais, consistindo na transmissão do conhecimento através de um mestre, transmissão daquele que sabe a verdade para aquele que não sabe. Ao contrário do método socrático, que consiste em fazer o conhecimento emanar do aluno. Dentre as matérias que formam o grande pilar da educação se destacavam: a Teologia, a Filosofia e a Gramática.                                                   
        Agostinho chamou de “método moderado”, esse que por sua vez exige ao professor não sobrecarregar o aluno com muito material, mas sim abordar um tema por sua vez, a fim de revelar o que está escondido nele. Até mesmo o modo de falar do professor é importante, devendo ter um ritmo equilibrado, usando frases elaboradas em equilíbrio com frases simples. Assim encantando o aluno e o atraindo para a beleza do material.                                                        
        A Companhia de Jesus, fundada por espanhóis, mas difundida na América também pelos portugueses, foi uma das medidas contra o protestantismo. Os padres jesuítas vieram, sobretudo, para a região fronteiriça entre Brasil, Argentina e Paraguai, onde criaram as missões, com o intuito de catequizar os indígenas que ali habitavam. A ideia da Igreja era pregar o catolicismo na América para aumentar o número de fiéis que estava decaindo, mesmo que isso fosse imposto à força. Porém, apesar de muitos jesuítas terem defendido os indígenas dos colonizadores europeus, e de ensinarem os mesmos a ler e escrever em suas respectivas línguas. Acabaram desestruturando-nos ao pregar, por exemplo, a imagem do demônio e seus males e relacionando-o com a floresta, onde viviam, aterrorizando-nos.                                                                                       
       Vale destacar, que os jesuítas não ensinavam apenas os indígenas, mas também os filhos de colonos locais, usando como método o castigo físico, embora pouco usado na educação dos “nativos”. Para ensinar os povos indígenas era necessário ensinar a língua do povo conquistador (espanhol ou português), era uma espécie de introdução aos estudos bíblicos. Eles eram reunidos nas missões, uma espécie de retiro religioso, onde servia também como uma forma de “civilizar os índios”. As missões também serviam como uma área de proteção contra os colonos ibéricos que tinham interesse na escravização desses indígenas, que para eles não passavam de animais.                        
        Os jesuítas usaram do método de Santo Agostinho para catequizar os indígenas e filhos de colonos em suas missões, como já citado no texto. Dentro da Igreja Católica mesmo é onde esse método menos se alterou. Já fora da Igreja, não é algo absoluto, mas ao mesmo tempo é inegável sua influência na educação, até mesmo na atual.                    
         E enquanto a Reforma Protestante de Martinho Lutero? O que a fez ser tão “temida” pelos líderes católicos? Os protestantes tiveram algum envolvimento direto na educação? Sem dúvida são perguntas que talvez tenham ficado no ar nos parágrafos que antecederam este, mas que serão respondidos a partir de agora.                                                       
           O protestantismo de Lutero iniciou com sua insatisfação. O maior motivo foi a venda de indulgências por parte de membros corruptos da Igreja, isto é, a venda de terras no céu, materiais sacros e a compra do perdão. Outro motivo foi o fato de a Bíblia Sagrada não ser acessível ao povo, havendo no máximo um volume por catedral e escrito em latim, Lutero então, foi o primeiro a traduzi a Bíblia para o alemão.                            
          Em relação à educação, os luteranos, tiveram participação efetiva em uma remodelagem da mesma. Iniciando por abrir escolas para a população em geral, que antes não tinham acesso a mesma. Depois, com ideias vindas do Renascimento, passou a visar à formação integral do homem, seu desenvolvimento, fosse moral, intelectual ou físico.
Quem nunca viu tais habilidades em algum professor em sala de aula? É notório que isso continua incutido no ensino ainda hoje. Não tão rigidamente, mas um pouco de seu método sobreviveu aos séculos, passou por transformações, no entanto sua raiz ainda é a mesma.                                                                               
Por fim, podemos perceber que o método empregado pelo catolicismo, deixou uma forte herança para suas gerações posteriores. Vide que até hoje o professor se posiciona a frente de todos explicando o assunto, muitas vezes, de maneira quase ditatorial. Porém, nos últimos anos esse cenário vem se alterado ligeiramente, um pouco talvez pela exigência da cientificidade do ensino. Muito se fala em alterar nosso método de ensino, muitas teorias já foram formuladas, nos resta apenas saber qual delas realmente pode funcionar na prática.


PALAVRAS-CHAVE: Contrarreforma; Educação; Igreja Católica, Jesuítas, Reforma Protestante.

Gabriel Dalmolin e Juliano Nazário

27 de maio de 2015

Aniversário de 4 anos!


  Hoje é um dia muito especial para o blog! Afinal de contas, ele completa 4 anos de existência. Foram cerca de 400 publicações neste período, e gostaria de agradecer à todos os leitores e colaboradores que se fizeram presentes neste ciclo.
  Quem diria? Inaugurei o blog em 2011, quando estava meramente na 8ª série, e jamais imaginava a proporção de tempo que ele estaria "no ar", e sequer a sua importância para mim. Hoje estou terminando meu primeiro semestre na faculdade de História. Naquele tempo sequer pensava em fazer isso da vida, eu sempre pensei em fazer Jornalismo, mas encontrei uma velha paixão, e a "arte de estudar o homem pelo tempo" me encantou. 
  Foram anos postando crônicas, poesias, vídeos e entre outras coisas, de minha autoria em sua maioria. Sendo assim, gostaria de agradecer do fundo do meu coração pela sua colaboração, meu caro leitor, por todos esses anos de parceria!

Obs.: E que venham muitos e muitos anos!!!!


Gabriel Dalmolin

18 de maio de 2015

Tempestade de Medos

 
  As coisas já não são mais como antes. Tudo o que parecia certeza, hoje não passa de ilusão. Onde havia luz, hoje reina a escuridão. Sendo assim, fico em uma "saia justa", lutar ou não lutar? Eis a questão.
  A vida é feita de ciclos, uns bons, outros nem tanto. No entanto comigo, parece que quando começo a me acostumar com o ciclo de benevolências e de pequenas marolas me afrontado, vejo-me eu, enfrentando novamente as perversas tempestades da vida. Penso e repenso, até quando terei forças para lutar contra tudo que me aflige...
  O que mais me deixa transtornado é que neste momento tudo deveria estar o mais próximo do perfeito, já que o mesmo não existe. Porém não é bem assim. Se tudo dependesse apenas da força de vontade de mudar, as coisas seriam mais tranquilas, mais brandas. Todavia, me deparo com uma série de fatores psíquicos que acumulam e agravam meu estado: os medos.
  Quem não tem medo? Todos temos! Entretanto, não é comum uma pessoa viver cercado por assombros, fugindo destes pesadelos reais e irreais que o acovardam o tempo todo. Afinal, do que tenho medo? De tudo um pouco na verdade, o medo de não vencer na vida, de decepcionar a todos e a mim mesmo, de não passar de uma pessoa comum e não deixar qualquer legado para o futuro. É então que eu entro em um grande paradoxo existencial.
  Será que tenho medo de morrer? Certamente o tenho, por mais que eu tenha alguma fé, parece que cada vez que alguém toca no assunto meus pensamentos se entocam como um animal indefeso em busca de proteção. Parece uma forma de fugir do medo, fugir da morte, mesmo sabendo que é impossível, e é nisto que me coloco em um paradoxo: "tenho medo de morrer ou de viver?". Afinal de contas, quanto mais me acovardo com a morte, mais me desvencilho da vida, deixando as oportunidades de aproveitá-la escapar. Cabe a mim encontrar força, bravura e paciência para me libertar dessa tempestade de medos que me prende, surra e castiga.

Gabriel Dalmolin

Gaucho Oriental

Soy un hombre muy fuerte
No tengo medo de nada
Trabajo mucho y el mate suervo 
Como los treinta y tres de espada

La astúcia de mi gaucho corazón
Que con la alma de los caudillos
Atraveza y supera la razón,
Cuando pongo los bastos en mis caballos.

Se es o no es verdad
Que soy estraño, no sé
Pero sé que soy autoridad
Para enseñar-te a bailar un chamamé

No sé sobre la política nacional
No soy blanco ni colorado
Soy el gaucho oriental
Incansable, destemido y sangrado.

Pero la sangre en mi manto
No es de trabajar ni de luchar
Es de quer-tetanto
En mi lado, para besar y noviar


En Uruguay yo tengo
La fama de mito regional
Entre milongas y tangos...
Soy el gaucho oriental.
















Gabriel Dalmolin

17 de maio de 2015

Poço de Frustrações

 
Nem sempre fazemos o que queremos fazer, não é? Na verdade, para ser bem sincero, nem sempre somos o que queremos ser, e muitas vezes decepcionamos a nós mesmos. 
  Durante a juventude ouvimos muitas expectativas falsas sobre nosso futuro, que nos deixam com aquele sentimento intrínseco de orgulho. Porém, o tempo passa (e como passa...), e vemos que a maior parte dessas expectativas não passaram de especulações. Tudo se torna um grande poço, que ao invés de conter água potável, armazena um acúmulo infindável de frustrações. 
  Quando somos crianças é tudo mais fácil... Não temos aquele medo de errar, não temos tanta preocupação em aproveitar nosso tempo ao máximo, pois tudo em nossa vida não passa de uma grande brincadeira, um mundo de sonhos coloridos que jamais terá fim. Entretanto. O fim chegou, e há bastante tempo, mas ainda é duro de aceitar.
  Sim, o tempo passou. E toda a sua concepção infante de mundo se esvaiu, tudo foi para o espaço! Você já não é mais a mesma pessoa, e por mais que tente, jamais voltará a ter aquela ingenuidade e aquele coração plenamente bondoso e dócil, pois já fostes corrompido, já fostes corrompido por aquilo que chamamos orgulhosamente de sociedade.
  Mesmo assim, tudo isso não inibe sua decepção sobre si mesmo. Tudo o que queres é acreditar em si mesmo,sair dessa "zona de conforto desconfortável", de explorar novos horizontes e de largar dessa insegurança desprezível que te faz se sentir tão inferior aos outros. Largue desses pensamentos negativos, fuja para o mais alto dos montes como uma criança pequena, e mude sua visão de mundo, volte a enxergar as cores que existem nesse mundo acinzentado. Só assim tudo voltará a fazer sentido e sairás desse lamentável poço de frustrações. 

Gabriel Dalmolin
  
 

11 de abril de 2015

"Los Hermanos"

Como brasileiros possuímos uma grande tendência de rivalizar com nossos “hermanos” argentinos, e até mesmo odiá-los, fruto do legado forjado por guerras, competitividade no mercado externo e, é claro, pelo futebol.                           Para começar, somos países com certas semelhanças, como por exemplo o nome de nossos países, originados na exploração ibérica (Portugal e Espanha) que ambos sofreram, sendo o nome do Brasil originário de uma árvore, enquanto que o da Argentina vem da prata (do latim: argento). Ambos passaram por abusos de seus colonizadores que os tornam hoje países subdesenvolvidos. Também ambos passaram por implacáveis ditaduras e incontáveis golpes de Estado. Outra semelhança está na cultura, principalmente em relação ao sul do nosso país, já que o chimarrão e o vinho são as duas bebidas nacionais. Além de possuir grande influência na música gaúcha, sendo precursora de ritmos como a milonga, o chamamé e a chacarera.          
Há também uma forte presença da cultura italiana na Argentina, assim como no Brasil, influenciando na alta qualidade e produção do vinho argentino. Dados apontam que 52% da população descende direta ou indiretamente de italianos. Há um velho ditado que diz que: “argentinos são italianos, que falam espanhol e que pensam que são ingleses”.              Se engana quem pensa que o Brasil é constantemente caçoado por nossos vizinhos castelhanos, na verdade, o povo argentino é um povo muito pessimista e que mesmo culto (leem em média 12 livros por ano, enquanto que no Brasil lê-se apenas um),  acreditam até que nosso governo é menos corrupto que o deles...                                                         Sobre rivalidade, não somos o único rival, existe os “irmãos chatos”: Uruguai e Chile, e também a Inglaterra, com qual lutaram pelas Ilhas Malvinas em 1982. Após levar um “sacode” a Argentina se vingou em uma partida na Copa do Mundo de 1986, onde Maradona dois gols históricos (sendo um de mão, vale ressaltar).                                              Na verdade argentinos e brasileiros são irmãos, com seu sangue quente e latino e que vivem brigando constantemente, rindo do tropeço alheio, mas que na verdade possuem uma admiração recíproca e dependência mútua.

Gabriel Dalmolin

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Junho de 2015.

Os dois lados do Nazismo

  Como tudo na História, sempre há os dois lados da moeda, as divergências, opiniões e suposições, e é isto que torna a História interessante, ela trata de humanos, seres imprecisos, diferente da Matemática, por exemplo, que é exata e perfeita.                       O Nazismo, é um exemplo disso. Um tema que ainda traz muitos remorsos, sobretudo para quem pertenceu a este passado obscuro.      
 Por outro lado, há coisas que o Nazismo trouxe de bom, em especial para o povo alemão, como questões socioeconômicas. Sim, Adolf Hitler (o segundo maior “assassino” da História, atrás de Stálin, apenas), foi o responsável por tirar a Alemanha da miséria, do desemprego e reerguer uma nação enfraquecida, um gigante adormecido e nocauteado pela derrota na Primeira Guerra, um povo antes sofrido e desesperançoso. Além de avanços na medicina e na tecnologia e de políticas nacionalistas, que conseguiram anexar ao seu território os outros povos germânicos, como a Áustria, por consenso popular (um pouco forçado, talvez), mas sem alvejar um disparo de pólvora sequer.                                                       A gota d’ água foi quando os alemães tentaram conquistar a Polônia, descontentando ingleses e franceses, e servindo de estopim para a Segunda Guerra. Aí se veria de forma definitiva o lado maligno e desumano do Nazismo se proliferar e a carnificina contra judeus e comunistas se instaurar e eclodir por toda a Europa.        
  No entanto, grupos extremistas (de ambos os lados) ficam atirando pedras de todos os lados. Santa Catarina é o estado com maior reduto de simpatizantes nazistas, devida à influência alemã, e a seita está se expandindo cada vez mais.                                                 Nas Ciências Humanas nunca há uma verdade, existem meias verdades, e não se pode julgar a opinião alheia, apenas discuti-la, mas temos de ter em mente o seguinte: muito sangue foi derramado por coisas tão banais, e não precisamos alimentar e cultivar esse ódio oculto em nossa alma, para não termos de transformar nosso passado em nosso futuro presente.

Gabriel Dalmolin

*Publicado no Jornal "O Corujão" - Rodeio-SC/ Maio de 2015.