10 de julho de 2012

Combates

Após passar pelas mais diversas atrocidades por meu amor,montado  no lombo no meu belo e galante cavalo baio,galopei horizontes,cortando o vento com tamanha ferocidade e fome como uma verdadeira navalha afiada.O vento soprava contra o meu peito,este mesmo batendo de forma incontrolável em busca de uma pequena resposta.Retiro minha espada e me oponho a todos que se afrontam contra nosso amor,minha querida.Luto,e reluto,sem jamais desistir.O sangue escorre pela superfície instantaneamente,uma gota d´água pinga dos meus olhos,são muitos...Enquanto eu,apenas um,combatendo meio mundo por ti.Escuto um forte estouro de arma,feito um clarim, pulo em cima do baio e galopo a procura de você.Ao avistar o maldito ser que vos furtou a vida,tiro do cinto a espada e parto para cima,ele me ferre também,e muito.Minhas forças pareciam todas sessadas,porém uma pequena chama de força jamais apagaria,a do nosso amor.E foi neste momento,completamente ensanguentado,que ajuntei a arma perigosa do chão,e o fatiei em mil pedacinhos como se fosse um grande bolo de chocolate.Então,nada mais me restava,meu pranto avermelhado se escorria sobre teu corpo perfeito.Alisei pela última vez seus longos cabelos,tirei deles a flor que lhe havia presenteado,cheirei ela como se fosse o odor mais precioso da humanidade,e antes de partir,beijei teus lábios delicados pela última vez.Arranquei revoltado a adaga do cinto,e a cravei no meu coração com toda a força que possuía.Meu corpo caiu sobre o seu,e agora nossas almas estariam novamente juntas,e nosso amor se espalharia totalmente pelo infinito celeste.

Gabriel Dalmolin

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